Governo apresenta proposta de reajuste que desagrada líderes sindicais
por Grace Maciel | Noti-América/ Brasil
crédito imagem: Eline Imprensa/Andes-SN
Representantes das entidades sindicais que representam o funcionalismo público participaram, nesta segunda-feira (18), da 6ª rodada da Mesa de Negociação Permanente (MNNP), na sede do DNIT, em Brasília, para obter respostas do governo às suas reivindicações, como recomposição salarial e revogação de medidas danosas aos servidores públicos, aprovadas no governo Bolsonaro.
Na ocasião, o secretário de relações de trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), José Lopez Feijóo, representou o governo federal.
Enquanto na parte externa do local da reunião, servidores públicos e lideranças sindicais realizavam um manifesto para repudiar a condução da Mesa de Negociação por parte do governo.
Feijóo anunciou uma proposta, considerada “desrespeitosa “ e “excludente” por parte do presidente do Sindicato Nacional dos Servidores Administrativos do Ministério da Fazenda- Sindfazenda, Luis Roberto da Silva, e do representante do Fórum das Entidades Nacionais dos ServidoresFederais- Fonasefe, Sérgio Ronaldo, e dos demais representantes presentes:
– Reajuste zero em 2024;
– Reajuste no auxílio-alimentação de R$ 658,00 para R$ 1.000,00; o per capita saúde do valor médio de R$ 144,00 para 215,00; e o auxílio-creche de R$ 321,00 para R$ 484,90, a partir de maio de 2024. (Esta proposta prejudica os (as) aposentados (as) e pensionistas);
– Recomposição salarial de 9%, dividido em 2 parcelas, valendo só a partir de maio de 2025.
O Sindfazenda e o Fonasefe consideram a proposta aquém das necessidades reivindicadas pelas e pelos servidores públicos, que amargam perdas salariais de até 53,17%. Além de insuficiente, o governo apresentou um planejamento que divide o funcionalismo público, uma vez que os aposentados e pensionistas ficariam de fora do reajuste do auxílio- alimentação e auxílio- creche.
“ O governo nos trouxe uma proposta que deixou a todos e todas perplexos e frustrados, pois além de não haver índice para 2024, apenas reajuste aplicado aos benefícios, a partir de maio do ano que vem, e os aposentados ficaram de fora. Assim que o governo formalizar a proposta discutiremos com a base para ver quais medidas iremos tomar”. Destacou Sérgio.
“ Uma promessa de proposta desrespeitosa, que surpreendeu todos os presentes na reunião, principalmente pelo fato de os aposentados não estarem contemplados nos benefícios. É preciso intensificar as nossas mobilizações para construir uma campanha salarial forte em que todos sejam contemplados, ativos e aposentados”. Finalizou Luis.
Outro fato que os líderes sindicais reclamaram foi que o governo não respondeu aos questionamentos feitos e à pauta de reivindicação da Campanha Salarial 2024.
Algumas entidades sindicais já se preparam para possível greve no início do próximo ano, com o intuito de pressionar o governo para fazer valer as promessas de campanha.
Com informações da Condsef e Fonasefe
Noti- América/Brasil
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