Coluna: “Abrindo a Caixa de Pandora”
por Sandra Regina Ardnas*
O Mito Pandora tem um especial simbolismo para entender a natureza humana. Ele é representado pela figura de uma mulher bonita e seminua que porta uma caixa com uma tampa. Esta mulher foi enviada Pelos Deuses aos homens como castigo para gerar conflitos e acabar sua paz.
A figura de uma mulher significa o nosso lado feminino ou curioso, despido agora de medo e preconceito. A caixa representa aquilo que temos guardado dentro de nós e que não temos total consciência, mas que deixamos sair sem perceber.
Prometeu, deus cujo nome em grego significa “aquele que vê o futuro”, doou aos homens o fogo e as técnicas para acendê-lo e mantê-lo. Zeus, o soberano dos deuses, se enfureceu com esse ato, porque o segredo do fogo deveria ser mantido entre os deuses. Por isso, ordenou a Hefesto que criasse uma mulher que fosse perfeita, e que a apresentasse à assembleia dos deuses. Atena, a deusa da sabedoria e da guerra, vestiu essa mulher com uma roupa branquíssima e adornou-lhe a cabeça com uma guirlanda de flores, montada sobre uma coroa de ouro. Hefesto a conduziu pessoalmente aos deuses, e todos ficaram admirados; cada um lhe deu um dom particular:
Atena lhe ensinou as artes que convêm ao seu sexo, como a arte de tecer;
Afrodite lhe deu o encanto, que despertaria o desejo dos homens;
As Cárites, deusas da beleza, e a deusa da persuasão ornaram seu pescoço com colares de ouro;
Hermes, o mensageiro dos deuses, lhe concedeu a capacidade de falar, juntamente com a arte de seduzir os corações por meio de discursos insinuantes.
Depois que todos os deuses lhe deram seus presentes, ela recebeu o nome de Pandora, que em grego quer dizer “todos os dons”.
Finalmente, Zeus lhe entregou uma caixa bem fechada, e ordenou que ela a levasse como presente a Prometeu. Entretanto, ele não quis receber nem Pandora, nem a caixa, e recomendou a seu irmão, Epimeteu, que também não aceitasse nada vindo de Zeus. Epimeteu, cujo nome significa “aquele que reflete tarde demais”, ficou encantado com a beleza de Pandora e a tomou como esposa.
A caixa de Pandora foi então aberta e de lá escaparam a Senilidade, a Insanidade, a Doença, a Inveja, a Paixão, o Vício, a Praga, a Fome e todos os outros males, que se espalharam pelo mundo e tomaram miserável a existência dos homens a partir de então. Epimeteu tentou fechá-la, mas só restou dentro a Esperança, uma criatura alada que estava preste a voar, mas que ficou aprisionada na caixa e é graças a ela que os homens conseguem enfrentar todos os males e não desistem de viver.
Este mito significa a atitude do aprendiz que busca desvendar-se e abre a caixa de pandora, ou seja, penetra no seu próprio universo interior em busca de conhecimento e esclarecimentos espirituais. Mas ao penetrar neste universo ele liberta seus males aprisionados e contidos pelo controle e pela disciplina das regras sociais, ele se vê frente a frente com seus desejos e medos mais íntimos, como se revolvesse a lama na fundo de um lago.
É de se esperar que antes de seguir em frente na jornada espiritual o aprendiz tenha que resolver questões que ficaram pendentes. O conhece-te a ti mesmo tem um primeiro passo de purificação e trabalho para eliminar vaidades, medos, mentiras, e toda sorte de impurezas escondidas de sua própria mente consciente.
Este processo é chamado pela psicologia de espelhamento, onde o inconsciente projeta-se no mundo e cria mascaras para lidar com a realidade. A maioria das pessoas vivem através de personagens criados para lidar com a realidade, como se estivessem com as vendas tampadas. Projetamos nos outros e nas coisas aquilo que temos dentro de nós, nossas crenças, medos expectativas e a nossa maneira particular de ver o mundo.
O problema é que acreditamos verdadeiramente que os outros nos compreendem e pensam como nós, e esperamos que eles correspondam as nossas expectativas, de tal modo que não nos preocupamos em expor cuidadosamente nossa forma de ver as coisas e nos surpreendemos quando eles nos decepcionam.
Mas na historia Pandora não libertou todas as coisas que haviam na caixa…
Lá no fundo ficou ainda um pequenino ser alado chamado esperança.
Neste caso, abrir a caixa de Pandora pode significar penetrar neste inconsciente, oculto ao próprio homem e libertar seus mistérios, que podem trazer revelações difíceis de lidar, mas também muitas coisas maravilhosas das quais ele mesmo não tinha ciência.
Recomenda-se cuidado e sensibilidade ao abrir a caixa, e não deixar sair de lá todas as mazelas de uma só vez, para que tenhamos condições psicológicas para lidar com elas, mas principalmente manter viva a chama da esperança e da fé que nunca nos abandona.
Dentro de nós. Esse é o único lugar em que a felicidade perene pode ser encontrada. Enquanto continuarmos buscando fora, projetando nossas carências no outro, exigindo que ele faça aquilo que queremos que ele faça; enquanto não curarmos nossas feridas infantis através do autoconhecimento, seguiremos procriando ignorância através dos nossos filhos.
(Sri Prem Baba)
Sandra Regina Ardnas* é terapeuta quântica espiritual, Terapeuta Quântica Espiritual, há quase dez anos, canalizadora do Téker (base), realizo trabalhos com a espiritualidade, sempre amparada no Amor, na Luz e na sabedoria Divina.
Realiza trabalhos : * Leitora de Mesa Quântica Estelar* Leitora de Mesa Multidimensional Arcturiana; * Leitora de Mesa Quântica Arcturiana; * Leitora de Mesa Pleiadiana;* Mestre Xamânica com ênfase em Florais dos Animais de Poder;* Canalizadora da base do Téker; Curadora Quântica Estelar; Apometria Quântica; Cortes de relacionamentos que já não servem mais ao propósito atual, os chamados divórcios energéticos; Mestre em Acupuntura Etérica.; Mestre em Bastão Dorje; Mestre em Essência Citrino;Maga das 7 chamas sagradas;Guardiã e Mestre do Sistema Arcturiano de Cura Multidimensional .
Sandra é colunista colaboradora de Noti-América/Brasil
redacao@noti-america.com
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