Como reconhecer o ego
por Sandra Regina Ardnas*
O ego nos trouxe até aqui, nos fez fortes, valentes, guerreiros, entretanto da mesma forma com que ele nos coloca no cume da montanha, ele nos deixa lá sozinhos e abandonados.
Quando o ego doentio sente um certo perigo, ele automaticamente procura uma distração, e se esforça para proteger o seu território, que agora corresponde a todo o seu ser.
Mesmo que ele comece sendo apenas uma parte do seu ser, devido à sua natureza enganadora e à sua incapacidade de distingui-la do seu eu autêntico, que abrange tanto o ego quando a sua essência eterna, ele se torna o único “você” que você conhece.
Embora às vezes você possa ter um momento de extrema lucidez, no qual deseja fazer uma escolha melhor, sem perceber você compara essa sabedoria com a voz do seu ego ferido. E é muito mais provável que faça a pior escolha, pois o seu ego ferido já causou um estrago tão grande em você, interiormente, que a voz dele é a única que consegue ouvir.
Ela grita:
Como posso ter certeza?
Não posso confiar em ninguém.
Não há ninguém que me apoie.
Este é um mundo cão.
Que se danem! Eu trabalhei duro para ter o que tenho.
Ninguém me facilitou as coisas! Neste mundo nada é de graça.
Só existem duas certezas na vida: a morte e os impostos.
Já fui muito prejudicado; não vou me arriscar mais.
Ninguém sabe o que sofri.
Ninguém liga para mim.
Não vai fazer diferença mesmo.
Tenho todo o direito de ter o que eu quiser.
Mas que bando de larápios! Sou muito melhor do que eles.
Veja até onde cheguei!
Isso não serve para mim.
Fizeram a cama, agora que se deitem.
São um bando de idiotas, eu não preciso ouvir o que dizem.
Estou conquistando o que mereço.
A voz do ego ferido, é como uma fera acuada, ruge tão alta fora de hora que abafa a voz mais elevada da razão, e força você a ignorar o seu Eu superior.
Ele tem que fechar a porta para a totalidade de quem você é e concentrar-se no que está errado ou no que está faltando.
Quando o ego está ferido, ele se recusa a ver, ouvir ou perceber qualquer verdade que não seja a que ele mesmo declara. Esse é o seu principal mecanismo de defesa. Pois, para sobreviver, ele precisa estar certo no seu modo de se ver, de ver as outras pessoas e de ver o mundo em geral.
Ele precisa, sem sombra de dúvida, procurar e criar realidades, que são engramas e ate mesmo hologramas, circunstâncias e situações que confirmem as suas crenças sobre o mundo. A função do ego ferido é agora se proteger a todo custo e bloquear qualquer coisa que o faça sentir a vergonha e a dor profundas que originalmente criaram a sua ferida.
Quando o ego ferido assume o comando, ele se torna um fio desencapado, perigoso e fora de controle.
Uma vez ferido, o ego perde a sua capacidade de distinguir fato de ficção, realidade de drama. Como um mecanismo de proteção, o ego ferido passa a se concentrar em si mesmo. Se ele está dirigindo o espetáculo, ou a sua vida inteira, é porque conseguiu mascarar a sua natureza superior, desconectá-lo de pelo menos metade de quem você é.
O ego é um guerreiro magistral e tem muitos mecanismos para garantir a sua vitória. Ele trabalha diligentemente para proteger o seu território e para esconder os aspectos superiores do eu, de modo que ele possa prevalecer. A principal defesa do ego doente – que acaba sendo a sua derrocada – é a arrogância. “Eu sou maior e melhor”, ele diz. “As regras não se aplicam a mim. Posso fazer o que quero e ninguém vai me pegar. ” Em toda sua prepotência, ele grita, “Ninguém vai me dizer o que fazer! ” Ou até pior: num leve sussurro, ele assegura, “Ninguém vai saber. Ninguém vai descobrir”.
O ego ferido realmente acredita que pode agir de acordo com as próprias leis e sair ileso. É isso o que ele faz – eis o nascimento da autossabotagem. Se as regras não se aplicam a mim, então posso e farei o que quiser e quando quiser.
Enquanto a função do ego saudável é nos proporcionar uma identidade separada e única, o ego doente leva isso um passo adiante e tenta provar que somos únicos e especiais mesmo quando violamos a nossa integridade, desrespeitamos os limites das outras pessoas ou infringimos a lei.
Quando o ego ferido está no comando, o mundo exterior é visto apenas como algo que serve para preencher as suas necessidades e fazê-lo se sentir melhor. As outras pessoas são consideradas como curativos em potencial para as suas feridas, como problemas a serem resolvidos ou como obstáculos a tirar do caminho.
O ego ferido, agindo separadamente do todo maior, é agora como um peixe fora d’água – ele salta incontrolavelmente, tentando encontrar o caminho de volta a sua segurança. Perdido e sozinho em seu senso de separação debilitante, ele busca maneiras de dar sentido à sua vida.
Mas, em vez de se ver como parte de um todo maior, ele só consegue ver o que não tem. É incapaz de ver a vida como um todo e só consegue enxergar a partir da perspectiva estreita do eu limitado – sozinho, pequeno e aparentemente abandonado.
Na tentativa desesperada de recuperar o controle, ele toma para si o papel de liderança e se lança como a estrela do espetáculo. De repente, a parte mais desesperada, deficiente e ferida de nós assume o controle. A invasão maciça do ego ferido teve início.
Aceitar e observar o modo como nos comportamos e nossos padrões de comportamento é necessário para se conhecer mais e aprender a lidar com nossa individualidade, sem ferir os outros com nossa personalidade. A individualidade do ser deve ser moldada para que nossa personalidade não nos traga prejuízos, nem prejudiquem os demais.
Como controlar os impulsos provocados pelo ego?
Somente com autoconhecimento podemos nos corrigir e controlar o ego exacerbado. Quando nos damos conta que nosso comportamento está nos prejudicando ou ainda nos fazendo perder pessoas e oportunidades, é preciso refletir sobre o que está acarretando e provocando isso em nossas vidas.
Com apenas uma pergunta:
Se Eu agir assim o que vou ganhar, (a resposta será em frações de segundo), coloque-se no lugar do outro.
*Sandra Regina Ardnas é terapeuta quântica espiritual, Terapeuta Quântica Espiritual, há quase dez anos, canalizadora do Téker (base), realizo trabalhos com a espiritualidade, sempre amparada no Amor, na Luz e na sabedoria Divina.
Realiza trabalhos : * Leitora de Mesa Quântica Estelar* Leitora de Mesa Multidimensional Arcturiana; * Leitora de Mesa Quântica Arcturiana; * Leitora de Mesa Pleiadiana;* Mestre Xamânica com ênfase em Florais dos Animais de Poder;* Canalizadora da base do Téker; Curadora Quântica Estelar; Apometria Quântica; Cortes de relacionamentos que já não servem mais ao propósito atual, os chamados divórcios energéticos; Mestre em Acupuntura Etérica.; Mestre em Bastão Dorje; Mestre em Essência Citrino;Maga das 7 chamas sagradas;Guardiã e Mestre do Sistema Arcturiano de Cura Multidimensional .
Sandra é colunista colaboradora de Noti-América/Brasil
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