Governo reajusta salário de servidores federais em 9% e aumenta vale alimentação

O governo federal e entidades sindicais assinaram, na última sexta-feira (24), o termo de acordo de reajuste salarial de 9% no vencimento básico e gratificação de desempenho para todos os servidores públicos do Executivo Federal. Medida entrará em vigor a partir do próximo 1º de maio.

A negociação representa um marco histórico, pois há mais sete anos os servidores públicos federais estão sem qualquer recomposição. Vale destacar que o acordo também prevê o aumento de R$ 200 no auxílio-alimentação, assim como  o compromisso do governo Lula em derrubar a Proposta de Emenda à Constituição – PEC 32/2020 (do governo Bolsonaro), que versa sobre a reforma administrativa. Segundo especialistas, a matéria representa uma ameaça tanto às instituições públicas, quanto aos servidores públicos.

O acordo foi entre o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, da ministra Esther Dweek, e entidades representativas dos servidores federais, como no caso o Sindicato Nacional dos Servidores Administrativos do Ministério da Fazenda- Sindfazenda, integrante do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos- Fonasefe, que teve papel fundamental nessa negociação, junto ao Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado- Fonacate.

O governo propôs um aumento de 7,8%, inicialmente. Porém, o percentual foi rechaçado pelo funcionalismo federal. E, embora a contraproposta  de 13,5% dos servidores tenha sido negada, o governo apresentou, na mesma reunião, o aumento de 8,4%. Mas, diante das reclamações dos representantes sindicais, o governo decidiu aumentar a proposta para 9%, o que viabilizou a assinatura do acordo.

De acordo com lideres sindicais, era importante finalizar a negociação 2023,  para dar início à campanha salarial 2024, em que pretendem ampliar o percentual para minimizar os prejuízos inflacionários dos últimos anos.